quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Museu: Grandes Plantéis - 1988 1989

Estamos a  celebrar um ano de sobrevivência na blogosfera, este mundo cão de muitas opiniões, de muito puxar a brasa à sardinha de cada um. Como Benfiquista já com muitos anos de estrada e, infelizmente, com algum tempo extra para desperdiçar em buscas ao baú de antiguidades, deixo-vos aqui uns tesouros da história do nosso clube retirados da "Benfica Ilustrado", do "Semanário do Benfica" e do jornal "A Bola".
Este é o modo de eu celebrar o meu Benfiquismo após um ano de publicações e dar a oportunidade a todos os que visitam esta página, de também não se esquecerem de uns pedaços de história gloriosa do nosso clube. Deliciem-se que ainda é de borla.
O Benfica tinha vindo de uma época atípica. Nada tinha sido ganho: Por um lado porque as coisas estavam mais difíceis entre-muros; Por outro porque éramos fortes mas não tão fortes para uma final da Taça dos Clubes Campeões Europeus! Pior foi a saída de Rui Águas para o norte... Toni foi premiado com a permanência ao leme e a equipa foi reforçada para atacar a época e conquistar títulos.

Gosto dos comentários que eram anexados às fotografias... Estimadas e estimados Benfiquistas, eis a época de 1988 1989:
Quatro guarda-redes para um lugar...Era já Silvino quem era o dono, Bento nunca conseguiu recuperar daquela maldita lesão. Dias Graça e Bizarro nunca tiveram hipóteses de provar o bife.
Samuel o eterno excelente central a quem faltava algo que ainda ninguém conseguiu descobrir, não teve a mínima hipótese esta época... Abel a dar os passos para o título de Riade e Veloso, o nosso grande capitão.
Garrido também não teve a mínima hipótese porque o Benfica tinha dois centrais do outro mundo no plantel: Mozer que:
e Ricardo que:
Álvaro lesionou-se e infelizmente tivemos mais um portador da nossa mística a sair de cena muito cedo.
Hajry, o primeiro marroquino a entrar no plantel. Poucas oportunidades teve para mostrar a sua destreza. Shéu já estava a escrever os últimos capítulos numa carreira abundante em conquistas.
Despedida/homenagem do Benfica a Shéu na última partida do campeonato frente ao Boavista.

Valdo era um garoto magricelas de quem se dizia que poderia vir a ser algo... E foi algo, algo de majestoso porque o maestro de então se tinha lesionado com gravidade.
Vitor Paneira era mais uma cara nova, desconhecido de quase todos. Mas Toni viu que ali havia extremo... Um extremo daqueles que já não se faziam, Paneira teve uma excelente época de estreia. Hernâni também chegou para vencer, pena que a meio da época tivesse de enfrentar aquele caso de doping muitíssimo estranho... Ademir tinha vindo do guimarães e tentou dar às chuteiras mas nunca foi capaz de convencer na totalidade. Elzo, que tinha substituído Carlos Manuel na época transacta, era um caso sério de qualidade técnica e raça. Infelizmente algo já não funcionou tão bem nesta nova época...
Vata! O Benfica contratou este gajo ao varzim... Mas estávamos todos a ficar senis? Olha que coisa... Melhor marcador do campeonato... Diamantino tentou recuperar a sua melhor forma física mas uma vez apto já Valdo estava a comandar a equipa. Ainda jogou muitos minutos mas já se adivinhava que o fim se estava a aproximar.
Chalana tinha regressado na tentativa de deixar o seu calvário em frança. Ainda levantou muitas vezes as bancadas dos estádios onde jogou mas o calvário, matreiro, tinha vindo com ele. Magnusson ainda não tinha conseguido explodir e não seria esta época. Pacheco era uma das revelações da época transacta, faltou-lhe não haver Futre para ser dono do lado esquerdo da selecção. César Brito, um completo desconhecido que o continuou a ser por mais uma época a preparar outras de estrelato que haveriam de chegar.
Miranda... Pouco se mostrou. Abel Campos foi um autêntico felino. A ala direita esteve sempre muito bem entregue. Lima foi outra contratação que deixou um certo estado de perplexidade na minha mente! A primeira época foi de adaptação. Ricky teve o mesmo destino como outros que tinha os caminhos da titularidade tapados.
Foi uma época... Larga! Onde todas as equipas candidatas tiveram dificuldades para manter ritmos. Quem melhor plantel tivesse, ganharia o título... Foi o Benfica. Ganhou muitos jogos por um só golo mas carregou até não poder mais. A sete de Maio de 1989, frente ao agora defunto Estrela da Amadora:
Era o vigésimo oitavo da Gloriosa História do Benfica. Não foi bonito? Depende dos gostos das pessoas mas ser o melhor ataque, a melhor defesa e ter o melhor marcador...
 A festa foi longa e mais do que merecida:
Alfredo Farinha, de forma eloquente, assertiva e o máximo imparcial, escrevia a sua opinião sobre os acontecimentos dessa época... Talvez pudesse ser mais incisivo mas...
O Benfica Ilustrado também fazia a festa:
É uma chatice não ter a totalidade mas aqui ficam os números da primeira volta:
De uma época teve estas variações classificativas:
E que terminou assim:
38 Jogos?! Arre!

Ficam aqui mais alguns tesouros gráficos daquela temporada:
Fica também o video de DFernandes... Uma espectacular revisão passo-a-passo daquela temporada:

PS: Gostaria de deixar também algumas fotografias curiosas:
Foi o primeiro título completo para João Santos, que tinha Jorge de Brito como vice... Grande dupla de Benfiquistas! O primeiro título como treinador principal para Toni. Última época de Shéu como futebolísta do seu clube de sempre. Gaspar Ramos nunca me convenceu plenamente... Sempre gostei de Luís Tadeu... Mas nunca o deixaram ser presidente do Benfica, era Benfiquista demais para tal acontecer penso eu.
Estamos a entrar na época de 2016 2017 e a mensagem orgânica deste cartoon parece revelar uma frescura... Quanto é que vale a lealdade hoje em dia? Aligeirando, o que move as pessoas no meu clube? Lealdade ao Benfica ou ao dinheiro? Dos cinco que peço, quatro são para mim e um é para o Benfica...

Quanto à orgânica imagística, Manuel José foi o primeiro de três treinadores que o sporting teve naquela época. Falou-se muito e só um cantou no fim! Para júbilo da nação sportinguista, vão-se comemorar esta época (2016/17) trinta anos sobre os tais sete a um! Façam bom proveito, até porque talvez, eu é que tenho de agradecer... 
Por falar em talvez:
Gostava de saber a história tim-tim por tim-tim... Três épocas que não foram porque? Interessante que com a chegada de Eriksson na época seguinte, Paulo Sousa e Rui Costa emergiram no clube, João Pinto chegou quatro anos depois... Fónix...

Para terminar em classe.
E Pluribus UNUM!

Nota Final: Artigo melhorado a 19 de Julho de 2016

6 comentários:

  1. Antes de mais gostaria de lhe dar os parabéns pelo blog.

    Fiquei a saber que na altura o Grande Isaías era chamado de Miranda, acabadinho de chegar!

    Não deu nesta época, mas nas outras... Grande Jogador!

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  2. Caro anónimo, este Miranda tinha Isaías no seu nome mas não tem nada a ver como grande Isaías Marques Soares que se transferiu do boavista para o Benfica na época de 1990 1991.

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  3. muito bom cada vez mais entusiasmado com os varios post/blog
    muito bom, muito obg, por manter a nossa chama sempre acesa e confiante de amanha iremos ser sempre melhores e campeões

    obg

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  4. Espero bem que este anos os poucos erros sejam corrigidos.

    Volte sempre.

    Saudações Gloriosas.

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  5. Que bela recordação este plantel de 1988-1989.No inicio da época o Rui Águas e o Dito foram para o antro numa suposta retaliação do corrupto pela ida do Ademir para o Benfica,o nosso grande estratega Diamantino ainda estava lesionado e toda a gente dizia que o Benfica não tinha equipa para ser campeã.Ainda me lembro do Al Capone das Antas dizer com a sua habitual fina ironia que o Benfica ia fazer uma grande época pois tinha jogadores como o Paneira,Miranda ou Vata.Mas mais uma vez o Glorioso chegou e sobrou para as encomendas,ganhando o campeonato á vontade apesar das diversas vitorias nos últimos minutos,o Vata foi o melhor marcador e o Paneira a revelação da temporada,obrigando o porco azul a engolir aquilo que tinha vaticinado.Era um grande plantel onde Silvino dava segurança na baliza,Veloso-Mozer-Ricardo-Alvaro formavam uma fantástica linha defensiva,Elzo e Hernâni davam força ao meio campo libertando a velocidade e criatividade de Chalana,Pacheco,Paneira,Valdo,Diamantino ou Abel e ainda tínhamos os artilheiros Magnusson e Vata.Isto sem esquecer a equipa técnica liderada por Toni e com Eusébio e Jesualdo Ferreira como adjuntos e com Gaspar Ramos a liderar de maneira exemplar o departamento de futebol.

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  6. Correcto Alexandre, foi uma das épocas dos 38 jogos... Mas eles não aguentaram e o Benfica tinha uma estrutura muitíssimo forte e coesa.

    Foi a época dos golos no fim de jogo através de Vata ou Ricardo.

    Saudações Gloriosas.

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Ok digam o que bem entenderem.
Depois eu vejo